sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A arte da convicção.

Outro dia assisti um documentário sobre o tão falado fim do mundo, marcado para 4 dias antes do natal, o que tranforma a ida ao shopping lotado para comprar presentes um desperdício de tempo. Ai ai...mundo...se tivesse acabado todas as vezes que disseram talvez já haveria nascido uma nova raça superior, sem tantas pequenices e lero-leros.

Assistindo ao documentário, meio sonado, me preparando pra dormir e não dando muita atenção para toda aquela baboseira apocalíptica despertei ao ouvir uma mulher incrédula dizendo: Eu não tenho certeza, acho que o mundo não acabará!

"Eu ACHO."(?)

Isso me fez parar pra pensar no desespero sobrecomum dos seres-humanos estarem sempre certos. Eu entendo, somos criados em uma sociedade onde o certo é recompensado e o errado punido (em teoria), o certo é bom, o errado é ruim, ainda que grandes criações surjam do erro e adaptação de forma sequencial.

Enfim, me choquei com o fato de que mesmo em situações extremas o desespero por não estar errado toma conta do corpo. Qual a dificuldade de encher os pulmões e ser assertivo? No caso da moça incrédula, porque não dizer "Eu tenho certeza que o mundo não acabará!" uma vez que se ela estivesse errada, nenhum de nós estaria aqui pra apontar-lhe o dedo e dizer: "Você estava errada".

Sou contra a arrogância sem fundamento, baseada claramente na ignorância, onde as pessoas empinam os narizes e floreiam palavras que nem sabem o que significam na esperança de transformar o errado em certo. Porém, o excesso de "eu acho" é um tanto quanto sacal, demonstra incerteza e covardia.

Consegui diminuir um pouco a quantidade de "eu acho" na minha vida. Toda vez que me pego pensando, escrevendo ou falando eu paro pra pensar na conotação do mesmo.

"Eu acho¹" - Acredito que, na minha opinião
"Eu acho²" - Não sei ao certo, talvez, será?

Entendam que estar errado é melhor do que não expressar opinião, uma vez que ao ter consciência do erro podemos evoluir, aprender o certo. Então, sejam convictos, batam no peito, defendam suas idéias.

Na pior das hipóteses, alguém com a necessidade de se sentir superior lhe apontará o dedo e tripudiará do seu deslize. Acredite, ninguém nunca morreu disso. Sorria para essa pessoa, aplauda e diga: "Nossa, você é o máximo."

Seja afirmativo, tanto quanto você puder sem se preocupar, você sempre poderá abrir um largo sorriso e dizer "MUDEI DE IDÉIA" e não há nada que ninguém possa fazer quanto a isso.

P.s: O mundo não vai acabar, pode confiar, tenho certeza absoluta.

Namaste,
Rodrigo de Blumau.


domingo, 11 de novembro de 2012

Crônica de Domingo - "Quem conta um conto..."


Há alguns meses atrás eu assisti uma entrevista com a maravilhosa Iyanla Vanzant e tive um momento muito esclarecedor, um daqueles momentos "EURECA!", quando parei pra pensar em algo que ela disse :

"A maioria das pessoas é viciada, e eu não me refiro ao álcool ou entorpecentes. Grande parte das pessoas é viciada em histórias que elas passam a vida inteira repetindo em suas cabeças, histórias do passado ou até mesmo uma história criada por elas mesmas. Essa é a mais comum das drogas."

Quando acabou a entrevista eu não conseguia pensar em outra coisa e de repente...BUM!!! Eu fui atingido.

Passei boa parte da minha adolescência em casa, ainda que tenha sido convencido algumas vezes a me arrumar e ir curtir a noite da cidade, posso dizer que faltariam poucos dedos a mais nas mãos para que eu tivesse o número exato das vezes que saí por aí noite adentro...

E eu tinha um bom motivo pra isso...um motivo não, uma história. Passei anos da minha vida me convencendo que eu não saía muito por que "era perigoso lá fora", que eu era muito esquisito, as pessoas não me aceitariam, "meu Deus, como é difícil ser eu.", "Ó vida"...

Após ouvir o ponto de vista de Iyanla, me forcei a ir de história em história na minha cabeça e me perguntar: "Isso é realmente verdade?"

Qual não foi minha surpresa quando eu me dei conta que eu não era muito chegado a grandes noitadas e festas em geral porque eu DETESTO barulho, multidão e tenho pra mim que quem teve a brilhante idéia de colocar luzes estroboscópicas nas casas noturnas ODEIA a raça humana. Passei boa parte da minha adolescência em casa porque gosto de ler, de assistir filmes ou até mesmo de me reunir na casa de amigos, comer pizza e OUVIR o que as pessoas falam...sem contar o meu caso eterno de amor com o meu indispensável SILÊNCIO.

UAU!!! Sério? Fiquei quase 10 anos contanto uma história irreal e depreciativa só pra ter uma boa história pra contar na minha cabeça e me fazer de coitadinho pra mim mesmo? Tsc tsc tsc....Seres-humanos.

Você já parou pra pensar que talvez o seu namorado não tenha terminado com você porque você "engordou", porque você é "feia" ou porque ele é "um grande babaca" e sim porque ele não quer um relacionamento ou talvez não se ache bom o bastante pra você?

Já parou pra pensar que talvez você não se sinta "bom o bastante" quando a verdade é que ninguém NUNCA disse que você não é bom o bastante? (ou até mesmo disse mas ainda assim as opiniões dos outros tem o peso que você decide.)

Talvez esse tenha sido meu maior momento "EURECA!", e ir de história em história me perguntando "Isso é realmente verdade?" foi sem dúvida a melhor coisa que já fiz na minha vida.

E você, já parou pra pensar nas histórias que você anda contando dentro da sua cabeça? Cuidado, parte delas não é nem mesmo verdade e outra parte talvez nunca volte a acontecer.

Bom domingo.
Namaste.
Rodrigo de Blumau.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Dicas do bem #1, #2, #3



 Não perca seu tempo com ABSOLUTAMENTE NADA que não vá gerar algo bom. O tempo é precioso demais pra ser usado com maus propósitos.

 
Respire fundo e sorria. Sinta que você está vivo. ♥

 
Se começar a chover, agradeça. Não há nada que você possa fazer para que a chuva pare. Apenas agradeça.


Você pode conferir todas as dicas do bem postadas até agora no album "Dicas do bem" no meu facebook. O album é aberto, você não precisa ser meu amigo para ver. É só clicar AQUI. 

Namastê,
Rodrigo de Blumau.



O Jogo das 50 Maravilhas




É assim que funciona, simples simples:

Tive que ir no banco agora, um calor de rachar, mas tinha que ir, pra fazer algo que iria durar menos de um minuto, mas não podia ser feito pela internet...vou, não vou..TENHO QUER IR.

Fui.
Resolvi me jogar no jogo das 50 maravilhas. Eu tinha o tempo de uma ida e volta ao banco pra conclui-lo. Encontrar 50 coisas me agradam no meio do caminho.

A primeira coisa que vi foi uma árvore enorme com flores brancas, depois um carro bem preto, fantástico, que parecia ter acabado de sair da loja,...lá pela 20ª maravilha vi uma senhora com um lenço avermelhado na cabeça....e tantas outras coisas... Se você achar só 20, 30, ou mais, não importa, o que vale é a procura...

e aqui estou eu, de volta ao lar...

Se estava calor, se demorou, se eu tropecei? Não sei, não lembro...mas aquele lenço avermelhado....aaaah...aquele lenço.

Namaste.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pular ou não pular?



Ontem passei por um momento que há muito tempo não passava. Depois de alguns "muitos" meses escrevendo, corrigindo, reescrevendo, selecionando, diminuindo... finalmente finalizei meu livro. Preparei a capa, escrevi a orelha, fiz o upload do arquivo no site de publicação...só faltava um simples passo, clicar em CONCLUIR.

"AI MEU DEUS, e agora? Concluo ou não concluo? Será que o livro está bom? Será que ainda tem algum erro de ortografia? Será que a impressão é boa? Será? Será? Será?  Ah, pára de bobeira e aperta logo esse botão...isso...leva a setinha até lá....agora clica....clica, anda, tá esperando o que? Ai, não sei, e se não der certo? E se não for o momento certo? E se? E se? E se?"

Fiz o que tinha que ser feito. Fui para o terraço e liguei pra minha querida amiga Luana.

- Lú, preciso de ajuda!
- Que houve?
- Meu livro tá pronto. Não consigo clicar em concluir.
- Ai meu Deus logo você?

E esse "logo você?" não tinha um sorriso como base e sim preocupação. Eu sabia o que devia ser feito, era só clicar. Pronto. Mas chega um momento onde a gente está tão cansado da nossa voz na nossa cabeça que a gente precisa de uma voz diferente, mesmo que a outra pessoa vá te desencorajar, para que você se revolte com aquilo e se encha de coragem.

- O que vai acontecer quando você apertar o concluir?
- O livro vai estar automaticamente disponível.
- e mais o que?
- Nada.
- ... ou seja, você não vai morrer, não vai perder o emprego, falir, ficar pobre, adoecer...

Naquele momento eu reconheci aquele discurso. "Ei, esse discurso é meu!". Luana se ofereceu para "ir comigo" até o computador pelo celular...e foi mesmo. Ao sentar na frente da tela, a setinha em cima do botão, as pernas tremiam...e se?

- Anda, aperta!
- Já apertei.
(mentira)

Agradeci, nos despedidos e eu fiquei ali fitando o "Concluir" durante alguns segundos. E aí novamente minha voz veio.

- Vai, clica! E se tudo der certo? E se for um sucesso? E se....

Silêncio.

O nome do meu livro é "O que você está esperando?", eu tinha que dar o exemplo.
Eu havia clicado momentos antes. Não me mexia. Não respirava...mas sorria.

Está aqui, prontinho pra você. Escrevi com muito carinho e de uma maneira que todos se sentissem incluídos. Sem crenças, energias, duendes...apenas a simplicidade do dia a dia (e um pouco de quântica aqui e lá). Para ler a introdução do livro clique AQUI.

(para comprar o seu, clique na imagem acima)
 
***

     Seu ego sempre arranjará um jeito de te manter no mesmo lugar, inerte, por um simples motivo: auto-preservação. Para o seu ego, tanto faz se os seus planos são bons, ruins, seguros ou perigosos, a função dele é te manter em sua zona de conforto, vivendo aquilo que ele já conhece e "sabe lidar". Sempre que estiver em dúvida ao tomar uma decisão analise se a dúvida é válida.

QUAL SERÁ O REAL IMPACTO DA MINHA DECISÃO?
(no meu caso foi: Se eu apertar "concluir", meu livro estará publicado, só isso.)

      Assim, você consegue diferenciar quando você não está "pulando de cabeça" porque sente lá no fundo do seu âmago que aquilo não está certo de quando  seu ego está jogando uma cortina de fumaça na sua frente para você não sair da sua zona de conforto.


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