Os que me conhecem sabe que sou notívago confesso e se pudesse trocaria o dia pela noite completamente. AMO a noite, o silêncio, as estrelas, a lua e até mesmo a escuridão, que pra muitos é assustadora. Com isso, sobretudo nos finais de semana, fico lendo, pesquisando e meditando até o sol começar a se anunciar por trás das montanhas. Se você é como eu, sabe que 11 da manhã pra mim equivale à madrugada das pessoas normais.
Pois bem, hoje, depois de varar a noite pesquisando sobre o Bhagavad-Gita (o livro sagrado dos Hindús) fui acordado "brutalmente" por uma balbúrdia aguda que arruinaria facilmente dezenas de taças de cristal.
Ao olhar pro relógio, 11:02 AM.
Desumano.Pois bem, hoje, depois de varar a noite pesquisando sobre o Bhagavad-Gita (o livro sagrado dos Hindús) fui acordado "brutalmente" por uma balbúrdia aguda que arruinaria facilmente dezenas de taças de cristal.
Ao olhar pro relógio, 11:02 AM.
Me revirei na cama pra cá e pra lá esperando que aquilo parasse. Não parou. Fui até a janela e senti que no momento que eu abrisse as cortinas e a solina corioca invadisse meu quarto estaria tudo acabado, adeus sono, adeus descanso. Respirei fundo e me entreguei à minha jornada investigativa, que durou exatos 2 segundos.
As crianças do vizinho haviam colocado a mangueira por cima do muro e se refrescavam como se estivem em uma cachoeira. O sol lá fora parecia descontar uma fúria nunca vista. A menina menorzinha gritava com um largo sorriso toda vez que entrava embaixo da água gelada. Ali estava o agudo que me despertara.
Lembrei de quando eu era criança e tomava banho de mangueira, mesmo quando morava ainda na casa onde nasci, que tinha piscina. Lembrei de como era divertido fazer "chuvinha" colocando o dedo na frente da borracha. Lembrei que quando era pequeno e corria rindo atrás de bolhas de sabão, e minha voz era fininha igual a um pio, um amigo dos meus pais me chamava de cambaxirra, um pássaro pequenino de canto afinado.
Depois de incontáveis memórias deliciosas, fui me lembrar de mim com meus aborrecidos 16 anos e o quão infernal estaria sendo a minha vida se o eu antigo tivesse sido acordado por crianças gritando as 11:02 de um domingo de calor. Sacudi a cabeça reprovando o eu do passado e constatei uma vez mais:
É incrível como a vida muda quando a gente muda.
As crianças do vizinho haviam colocado a mangueira por cima do muro e se refrescavam como se estivem em uma cachoeira. O sol lá fora parecia descontar uma fúria nunca vista. A menina menorzinha gritava com um largo sorriso toda vez que entrava embaixo da água gelada. Ali estava o agudo que me despertara.
Lembrei de quando eu era criança e tomava banho de mangueira, mesmo quando morava ainda na casa onde nasci, que tinha piscina. Lembrei de como era divertido fazer "chuvinha" colocando o dedo na frente da borracha. Lembrei que quando era pequeno e corria rindo atrás de bolhas de sabão, e minha voz era fininha igual a um pio, um amigo dos meus pais me chamava de cambaxirra, um pássaro pequenino de canto afinado.
Depois de incontáveis memórias deliciosas, fui me lembrar de mim com meus aborrecidos 16 anos e o quão infernal estaria sendo a minha vida se o eu antigo tivesse sido acordado por crianças gritando as 11:02 de um domingo de calor. Sacudi a cabeça reprovando o eu do passado e constatei uma vez mais:
É incrível como a vida muda quando a gente muda.